quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Uma questão

A crise econômica que eclodiu no último trimestre deste ano causou estragos à indústria automobilística, demonstrando a fragilidade deste setor devido aos problemas estruturais que enfrenta.
Mas até agora o noticiário se concentra principalmente nos fabricantes de automóveis leves, "esquecendo" que a fabricação de caminhões também está inserida neste mercado. A Ford, por exemplo, além de operar uma marca própria de veículos pesados, também é proprietária da Volvo.
Não há muitas indicações sobre como estão as vendas de caminhões no Brasil neste momento -no final de 2007 o prazo médio de entrega era de 6 meses -, mas é plausível admitir que este mercado também está em recessão. Isto pode se transformar em um problema de curto prazo, pois 60% do transporte de cargas no Brasil é feito pelo modal rodoviário.
Mesmo com a retração econômica, caminhões continuarão sendo a principal forma de movimentar mercadorias em nosso país. Não podemos correr o risco de haver um envelhecimento (ainda maior) da frota, algo que seria extremamente ruim ao Brasil no futuro.
É preciso que as políticas públicas adotadas para proteger a indústria automobilística atendam também ao mercado de caminhões, afinal, o país não pode parar.

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