quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz 2009!

Quero registrar meu agradecimento a todos que acompanharam o blog LOGÍSTICA 8 durante este ano especial.


Em breve haverão novidades que espero contribuam para aumentar a participação e envolvimento daqueles que utilizam este espaço como fonte de informações sobre a logística.


Meus sinceros votos de um um feliz 2009!!!!



terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Enquete

A enquete anterior do Blog perguntava:
"Como você avalia os serviços prestados pelo Correios?"

As respostas:
Ótimo = 26%
Bom = 41%
Regular = 33%

O resultado sugere que o Correios ainda é visto como um operador logístico de qualidade reconhecida.

A nova enquete pergunta:
"Qual deveria ser a prioridade logística do Brasil em 2009?"

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Novos tempos?

Durante a faculdade, lembro claramente de uma aula de finanças em que o professor explicava os sofisticados mecanismos utilizados pelas empresas para captar recursos e operar no mercado financeiro. Durante a explanação, fiz uma pergunta:

- As organizações não estão deixando seu negócio principal de lado para se concentrar apenas em ganhar dinheiro com operações financeiras?

A resposta foi, como esperado, negativa.

Mas como vimos recentemente, várias companhias foram afetadas por movimentações de risco, que frente à valorização cambial causaram grande prejuízo, tanto ao seu caixa como à sua imagem. Ou seja, em minha opinião a pergunta que fiz ao meu professor continua em aberto.

Estas lembranças servem para discutir o futuro das organizações. Uma vez que a especulação financeira se mostrou um mau negócio, o "mercado real" volta a emergir como solução para a recuperação econômica.

Os bens tangíveis voltam a ser um dos alicerces da economia. O foco das empresas estará em seus produtos e serviços, porém em um contexto de consumidores cautelosos frente às incertezas macro-econômicas.

Mas isto significa também uma oportunidade para empresas e operadores logísticos, uma vez que as operações precisarão estar embasadas em sistemas eficazes que garantam a competitividade frente aos concorrentes em um cenário de escassez de clientes. E atualmente, poucas atividades conferem vantagem comercial tão grande quanto à logística.

Além disso, apesar da diminuição dos recursos disponíveis, as incertezas quanto aos produtos financeiros poderá levar a novos investimentos em áreas como infra-estrutura e logística, que tem grande potencial de crescimento e de retorno.

Ou seja, a passagem do tornado no mercado financeiro deixa uma semente com a esperança de novos tempos para quem acredita na economia real.

Novos tempos

Santa Catarina entra hoje, oficialmente, na era dos pedágios.

Até agora não havia a cobrança em nenhuma rodovia do estado, mas com a concessão da BR-116 trecho Rio Grande do Sul- Paraná, a primeira praça começa a funcionar no Km 235, município de Correia Pinto.

O cenário que se apresenta parece irreversível. A concessão pública é a solução encontrada para a manutenção de estradas de qualidade, que permitam um fluxo logístico com segurança e agilidade.

O que se espera é que realmente os serviços prestados pela concessionária sejam adequados, entregando aos usuários um padrão de rodovias que justifique a cobrança do pedágio.

Logística & Infra-estrutura


A ênfase maior do material recai sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), através da análise da situação atual das principais obras previstas neste conjunto de ações.
A linha de argumentação é, em geral, negativa. Destacam-se os entraves burocráticos e financeiros que atrasam boa parte das iniciativas.
Todavia, quanto às melhorias de rodovias e expansão de ferrovias a avalição é positiva. A maior parte das obras está dentro do cronograma, devendo ser entregues no prazo. Esta realmente é uma das boas notícias encontradas na publicação.
A outra, em minha opinião, é que apesar do anuário tratar também de saneamento, energia e telecomunicações (que são áreas prioritárias para o Brasil), a grande ênfase está mesmo nas questões logísticas, prinicipalmente na infra-estrutura de transporte. Isto demonstra que o processo logístico começa a ser tratado não mais como assunto periférico,mas sim como elemento central para o desenvolvimento nacional.
A esperança agora, é que esta visão não se perca em meio a outros temas que ganharam força nos últimos meses, sobretudo a crise econômica.
Acredito que quem continuar apostando em logística, em breve, colherá os resultados positivos de seu investimento.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Logística na semana [edição 7]

A série "Logística na semana" é retomada aqui no blog Logística 8.

Os destaques desta semana:

São Paulo terá garagens para integrar metrô e carro

DNIT lança edital para obras de recuperação no Maranhão

ANTT deve liberar pedágios da OHL

Serão necesários R$ 123 milhões para recuperar as rodovias de Santa Catarina

ANTT estuda conexão ferroviário com Chile, Argentina e Paraguai

Capitania dos Portos autoriza funcionamento do Jet Bus entre entre Joinville e São Francisco do Sul

Crise faz China suspender compra de aviões para 2009

Petrobrás planeja plataformas para pré-sal

Ministério do Desenvolvimento quer lançar plano estratégico logístico

Porto de Itajaí recomeça a operar com navios de pequeno porte

Estradas de SC recuperadas somente em 2010

As chuvas do final de Novembro continuarão, por um longo tempo, a fazer parte das lembranças dos catarinenses. As marcas do que aconteceu demorarão a ser apagadas.

A notícia abaixo retrata bem está situação. As estradas do estado já não eram exemplo de conservação, e com os danos causados pela enxurrada haverá um longo período de recuperação.

As obras mais demoradas são de contenção das encostas, certamente indispensáveis pelo o que pudemos acompanhar, mas elas fatalmente atrapalharão um pouco o tráfego.

A esperança é que, quando prontas, as novas obras minimizem o impacto caso problemas como o registrado voltem a acontecer.

ESTRADAS PRONTAS SÓ EM 2010

O diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, divulgou ontem que o trânsito nas rodovias federais será normalizado a partir do dia 20 deste mês em Santa Catarina. Serão investidos R$ 123 milhões na recuperação das estradas atingidas pelas chuvas no Estado. A previsão para a conclusão das obras de contenções nas BRs catarinenses é setembro de 2010.

A Superintendência Regional do Dnit-SC mapeou os principais pontos a serem recuperados nas rodovias federais depois das fortes chuvas. Serviços emergenciais estão em execução, como na BR-101, na localidade do Morro dos Cavalos, em Palhoça, com a contenção de taludes de corte considerados instáveis. Na BR-470, em Gaspar, entre os Km 7,3 e Km 139,6, o pavimento será recomposto. Também será feita a correção de danos, além de obras de proteção de encostas.

A BR-280 Norte, do Km 0 ao Km 103,8, de São Francisco do Sul a São Bento do Sul, e o Km 109 da BR-282, que inicia na grande Florianópolis e vai até Alfredo Wagner, irão passar por serviços de terraplanagem, pavimentação, drenagem e contenção de encostas.

– Nós vamos interromper as obras entre os dia 19 de dezembro e 5 de janeiro de 2009 para permitir que, neste fluxo entre Natal e Ano Novo, as pessoas possam andar sem problemas e sem retenções. No dia 5, serão retomadas as obras.

Hoje, 80 máquinas e 120 pessoas trabalham para recuperar as estradas catarinenses. Segundo Pagot, em todo o Brasil são 200 máquinas trabalhando na construção e ampliação de rodovias.

– Primeiro atuamos com a desobstrução e o retorno da trafegabilidade. Agora, vamos atuar com obras consistentes, que vão de seis meses a um ano. A proteção das encostas é a grande preocupação para o futuro.

Três trechos não poderão ser entregues na data prevista: o túnel do Morro dos Cavalos, o túnel do Morro do Formigão e a ponte de Laguna. Segundo Pagot, estas obras não estavam previstas no projeto inicial e a estimativa de entrega é para 2012. O diretor do Dnit ainda relatou que espera aprovar até a semana que vem todos os projetos para o Estado.

– Nós temos um programa para cumprir, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e todas as obras para Santa Catarina vão continuar acontecendo ao longo de 2009 e 2010, para que esse enorme projeto nacional seja entregue a tempo, conforme as previsões – concluiu.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Livro do mês [5]



A gestão de materiais é um dos componentes vitais da logística.

Excesso de materiais significa capital empregado incorretamente. Faltas de produtos representam produção parada ou venda perdida. Ambas as situações são extremamente danosas a qualquer empresa.

A Administração de Materiais estuda as melhores práticas de gestão de estoques, minimizando os riscos envolvidos.

A obra Administração de Materiais de J.R. Tony Arnold apresenta um dos conteúdos mais completos sobre o tema, ao discorrer sobe estoques no âmbito estratégico das empresas e sua relação com os sistemas de produção, além de apresentar de forma didática as técnicas consagradas para o controle de produtos. A obra ainda desenvolve bons conteúdos sobre compras e gestão da qualidade.

Trata-se de um material essencial para estudantes e profissionais de logística que precisam enteder o impacto dos estoques em seu negócio.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Uma questão

A crise econômica que eclodiu no último trimestre deste ano causou estragos à indústria automobilística, demonstrando a fragilidade deste setor devido aos problemas estruturais que enfrenta.
Mas até agora o noticiário se concentra principalmente nos fabricantes de automóveis leves, "esquecendo" que a fabricação de caminhões também está inserida neste mercado. A Ford, por exemplo, além de operar uma marca própria de veículos pesados, também é proprietária da Volvo.
Não há muitas indicações sobre como estão as vendas de caminhões no Brasil neste momento -no final de 2007 o prazo médio de entrega era de 6 meses -, mas é plausível admitir que este mercado também está em recessão. Isto pode se transformar em um problema de curto prazo, pois 60% do transporte de cargas no Brasil é feito pelo modal rodoviário.
Mesmo com a retração econômica, caminhões continuarão sendo a principal forma de movimentar mercadorias em nosso país. Não podemos correr o risco de haver um envelhecimento (ainda maior) da frota, algo que seria extremamente ruim ao Brasil no futuro.
É preciso que as políticas públicas adotadas para proteger a indústria automobilística atendam também ao mercado de caminhões, afinal, o país não pode parar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Reflexos das Chuvas

Na semana passada viajei para duas cidades de Santa Catarina separadas por cerca de 200 Km: Jaraguá do Sul e Florianópolis. Também conversei com um amigo residente em Blumenau.

Apesar da distância entre estas cidades, os cenários que vi e que me foram relatados são muito parecidos, com deslizamentos e estradas danificadas e/ou parcialmente bloqueadas. A foto que ilustra este comentário é um exemplo da situação que se repetiu por todo o estado.

A tristeza pelas vidas perdidas, pelo patrimônio destruído e pelos sonhos adiados já foi apresentada à exaustão, causando grande comoção. A ajuda as vítimas, porém, demonstrou o forte espírito de solidariedade de todo o povo brasileiro. Na minha região, a 150 Kms do "epicentro" das chuvas, não houve empresa ou entidade que não coletou donativos. Também não conheço pessoa que não tenha ajudado de alguma forma.

Mas agora que a situação começa a estabilizar-se, é hora de discutir o cenário "pós-cheia" e seus reflexos à logistica do estado.

Os prejuízos à infra-estrutura de transportes decorrentes desta tragédia serão sentidos por um longo tempo, causando transtornos à economia regional, principalmente para organizações ligadas ao comércio exterior, uma vez que o porto de Itajaí, o principal de Santa Catarina, foi seriamente danificado e sua recuperação poderá levar até 2 anos.

Este porto possui como ponto forte o embarque de cargas refrigeradas, provenientes das grandes companhias agro-industriais de Santa Catarina, que se localizam no oeste do estado e escoam sua produção princípalmente pela BR 470, que também foi atingida.

Um plano emergencial para o porto já está em vigor, através da utilização de navios "feeder", que possuem menor capacidade de carga e precisam de menos calado para operar. Este serviço permitirá escoar as mercadorias em forma de cabotagem, provavelmente até Santos, para posteriormente embarcar a carga para seu destino final.

Nas rodovias, há trabalhos de reparação e utilização de desvios para liberar o fluxo de veículos. A BR 470, em especial, já operava acima de sua capacidade e necessitará de fortes investimentos para sua recuperação -Um projeto de duplicação (parcial) estava em análise e não deve ser interrompido.

Os recursos injetados em Santa Catarina são também para recuperar a sua infra-estrutura logística. Como no Brasil quase sempre a falta de dinheiro é colocada como entrave à novas obras, o momento sugere que com um planejamento sério a reconstrução do estado poderá em médio e longo prazo melhorar as condições logísticas hoje existentes, permitindo ainda minimizar os danos se infelizmente a situação que presenciamos voltar a acontecer.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008