sábado, 17 de janeiro de 2009

Mercado de caminhões


Nos últimos anos o mercado nacional de caminhões estava muito aquecido. Para algumas marcas e modelos o prazo de entrega era superior a seis meses.
Com a crise econômica, uma diminuição na venda de caminhões era algo esperado, pois além da redução no movimento de cargas, as incertezas quanto a novos investimentos inibem os transportadores e autônomos.
A notícia a seguir é interessante pois apresenta uma tentativa de reação a este cenário adverso. Talvez os benefícios oferecidos sejam ainda insuficientes para a retomada dos negócios no patamar anterior ao último trimestre de 2008, entretanto, pode ser uma boa oportunidade para quem planeja a longo prazo e acredita na recuperação econômica.
O momento poderia ser aproveitado, ainda, para estimular a renovação da frota brasileira, que hoje tem idade média superior a 15 anos.
As novas tecnologias aplicadas tornaram os caminhões mais seguros, econômicos e confortáveis, aliando isto ainda à redução de impactos ambientais. Aproveitar tudo isto seria extremamente benéfico ao país, tanto no aspecto econômico quanto no social.
As vendas da indústria de ônibus e carretas sofreram uma redução de 25% desde outubro do ano passado por causa da escassez de crédito e aumento dos juros, devido a crise econômica mundial. A informação é de José Antonio Fernandes Martins, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), para quem o setor é muito dependente de financiamentos.

Martins considerou positiva a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) em ampliar de 80% para 100% a participação de sua subsidiária Finame (Agência Especial de Financiamento Industrial) em operações de financiamento a empresas de grande porte para compra de ônibus, chassis e carrocerias destinadas a veículos diversos. A resolução consta de portaria datada do dia 9 deste mês.

O presidente do Simefre disse hoje que a medida atende a pleito da entidade, e espera que a expansão dos
financiamentos do BNDES possa permitir uma retomada progressiva nas vendas de veículos de transporte.

As operações para as grandes empresas terão taxa fixa de 14,5% ao ano, mais taxa de remuneração do BNDES de 0,9% ao ano e taxa de remuneração do agente financeiro negociada entre as partes. A participação da Finame nas operações já é de até 100% para as pequenas e médias empresas do setor.

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