sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Reformar é preciso


A notícia a seguir destaca o plano de investimentos do governo para a manutenção das rodovias federais em 2009:
Na revisão dos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo tomou a decisão de injetar R$ 2,6 bilhões na manutenção das rodovias federais.
Mais de 20 mil quilômetros de estradas serão restaurados em 2009, o que representa a cobertura de um terço da malha rodoviária federal.
Os investimentos nas rodovias, e conseqüentemente em geração de empregos, estarão concentrados em Estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia, os dois primeiros governados pela oposição.
As obras começam até o fim deste semestre, segundo informou o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
Ainda neste primeiro trimestre, o governo federal fará uma licitação para restaurar cerca de 4 mil quilômetros de rodovias. Esses trechos se juntarão aos 16,3 mil quilômetros de estradas já licitados em 2008, cujas obras começam em 2009.
O secretário lembra ainda que serão concluídas no início deste ano obras de manutenção de outros 6 mil quilômetros de rodovias, contratadas em anos anteriores.
Paulo Sérgio Passos explica que Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul terão a maior parte do destino dos recursos porque concentram a maior extensão da malha rodoviária federal e apresentam os trechos com os maiores problemas de tráfego e com maior deterioração da rodovia.
No Rio de Janeiro, os recursos ajudarão a recuperar quatro rodovias. Estão previstas obras de R$ 90 milhões na BR-356, atingida pelas chuvas. Para a BR-101 Sul (Angra-Paraty), foram reservados R$ 55 milhões. Para a rodovia BR-354, que liga o Rio ao Sul de Minas, R 54 milhões. Já para a duplicação da BR-493, estão previstos R$ 280 milhões.
Ele destaca também obras nos Estados do Centro Oeste, que terão o objetivo de facilitar o escoamento da safra agrícola, principalmente de grãos, como a soja, que seguem para exportação nos portos do Sudeste e Sul. Em São Paulo, o número de estradas que passarão por manutenção é pequeno, já que a maioria das rodovias federais do Estado está concedida à iniciativa privada.
Do investimento de R$ 2,6 bilhões previsto para a manutenção de estradas neste ano, R$ 2,2 bilhões são de restos a pagar de 2008.
´Vamos fazer muita coisa em 2009´, prevê o secretário, lembrando que no ano passado foram investidos R$ 1,6 bilhão na recuperação de estradas.
Passos informou ainda que em 2008, em todos os seus segmentos de atuação, o Ministério dos Transportes empenhou R$ 9,9 bilhões do seu orçamento, aos quais se somaram R$ 7,4 bilhões de restos a pagar de 2007. Ao todo, foram pagos R$ 7,2 bilhões.
O secretário disse também que o Ministério está preparando uma licitação para a contratação de projetos de engenharia para 14 mil quilômetros de estradas. Esses projetos, explica, têm duração de cinco anos e servirão de base para a contratação futura de obras.
Todo movimento no sentido de melhorar a infra-estrutura rodoviária do país deve ser aplaudido, entretanto, é muito comum encontrar nas rodovias trechos recuperados que pouco tempo após a sua conclusão já apresentam condições idênticas ou até piores que anteriormente às reformas.
Cito como exemplo a BR 470 em Santa Catarina, que utilizo quase diariamente. Menos de dois anos após um trabalho realizado, já há inúmeros buracos justamente na parte da rodovia que foi "recuperada".
Logo, é preciso que no planejamento da aplicação dos recursos citados no artigo, mais do que apenas a busca pela redução do preço, aconteça, por parte do Ministério dos Transportes, uma preocupação com a qualidade dos serviços prestados, garantindo assim melhores condições aos usuários, e a correta utilização do dinheiro público.
Em tempo: quando pesquisava a imagem para este post, digitei no google "BR 470". Na aba das imagens, as cinco primeiras páginas traziam mais fotos de acidentes na rodovia que outros tipos de fotos ou figuras. Esta é uma formte triste de ilustrar a realidade enfrentada pelos usuários desta rodovia...

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