A BR 470 é a principal via de escoamento de produtos da região oeste de Santa Catarina para os portos de Itajaí e São Francisco do Sul.
Há pouco mais de um mês, uma ponte (foto) desta rodovia foi interditada para o tráfego de caminhões pesados devido a problemas estruturais.
Com isso, a rota alternativa para carretas passou a ser a BR 282, que entretanto, aumenta a viagem em mais de 200 Km (!).
Agora, após medidas emergenciais, a ponte localizada na cidade de Ibirama começa a ser liberada, mas ainda em sentido único. As obras de recuperação deverão se estender até o final do ano...
Como motorista que roda frequentemente nas duas rodovias citadas, percebo as mudanças provocadas por este problema, pois enquanto a BR 470 está muito mais vazia, na BR 282 o tráfego de carretas se tornou intenso.
Como consequência, a BR 282 tornou-se muito mais lenta no trecho entre Alfredo Wagner e Palhoça, uma vez que boa parte deste trajeto é em serras e a rodovia tem poucos pontos com pista dupla. A forte neblina também atrapalha. Nesta semana, por exemplo, na cidade de Rancho Queimado a visibilidade era praticamente nenhuma às 11 horas da manhã, quando passei pelo local.
A soma destes fatores aumenta consideravelmente o risco de acidentes, mas o que me preocupa também é a constatação do precário nível de nossas estradas e os prejuízos que isto pode causar.
Na BR 470, uma ponte comprometeu todo o fluxo de veículos, e não me surpreenderei se situações parecidas surgirem em outros locais, uma vez que a estrada foi construída a bastante tempo.
Já na BR 282, bastou aumentar um pouco o trânsito para formarem-se grandes buracos, em especial nas proximidades de Alfredo Wagner. Na noite da última quarta-feira, quando retornei de viagem, tive muita sorte, pois apesar de cair em três buracos, nenhum pneu do meu carro furou ou foi danificado. Mas encontrei um motorista que não pode dizer o mesmo, pois trocava o pneu pouco mais de 200 metros adiante de um grande buraco que se formou no asfalto...
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