
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Ferramentas de Gestão de Estoques

Particularmente entendo que apesar do transporte ser a função operacional mais associada à logística, é na gestão estratégica dos estoques que encontra-se o maior desafio para um profissional da área.
Quanto custa manter em estoque um produto que não gira? E qual o prejuízo gerado por deixar de atender um cliente por falta de estoque?
As perguntas acima sintetizam o grande trade-off da administração de materiais, que é o equilíbrio perfeito nas quantidades estocadas, de modo a evitar custos pelo excesso de carregamento ao mesmo tempo em que não ocorram faltas que comprometam o nível de serviço necessário à organização.
Existem várias filosofias sobre o tema, sendo que atualmente o JIT - Just In Time é a mais conhecida e "badalada". Entretanto, apesar da sua riqueza e das enormes possibilidades de melhoria geradas por este modelo, não descarto a utilização dos conceitos tradicionais de gestão de estoques, sobretudo em pequenas organizações.
Classificação ABC, estoque de segurança, previsão de demanda, e até mesmo o Lote Econômico de Compra continuam tendo seu valor nas atividades estratégicas de planejamento de materiais de uma organização.
Acredito que o grande erro dos gestores de estoques era valer-se dos conceitos citados - que tem caráter predominantemente matemático, ou seja racional - como única ferramenta de decisão. Esta abordagem errada prejudicou a visão dos métodos, pois sabemos que estoques estão relacionados aos mercados, que possuem características próprias, quase sempre variáveis e incontroláveis.
No momento em que percebe-se que os métodos tradicionais servem como elementos de apoio à tomada de decisão, e não como critérios absolutos e inqüestionáveis, a sua utilização é capaz de gerar grandes benefícios às organizações, que encontrarão ferramentas capazes de mapear características marcantes de sua demanda e apresentar indicadores de análise capazes de elucidar algumas das incertezas predominantes na utilização dos estoques.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
A logística do Ouro (e de outros metais também)

- Alojamento, transporte e alimentação dos atletas;
- Disponibilização de locais para treino dos atletas/equipes e para realização das competições;
- Organização de arbitragem;
- Operacionalização do pessoal de apoio (bilheteria, segurança, limpeza, alimentação...);
- Oferecimento de auxílio em várias línguas diferentes; e
- Fornecimento de suporte para atuação da imprensa.
- 10.078 atletas;
- 31 modalidades esportivas;
- 21.600 jornalistas, de mais de 200 países;
- 80 chefes de estado na cerimônia de abertura; 3
- 400.000 voluntários.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Exemplo a ser seguido

No post "Seca...é a lei", posicionei-me favoravelmente a adoção da nova legislação que estabelece a "tolerância zero" à ingestão de bebidas alcoólicas por parte de condutores de veículos.
Transcorrido um pequeno espaço de tempo, as estatísticas sobre acidentes em rodovias demonstram que felizmente os resultados estão acontecendo como o esperado, e uma significativa redução do número de vítimas do trânsito vem ocorrendo.
Indicadores importantes podem ser encontrados em: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/noticias_detalhe.cfm?co_seq_noticia=51038
Evidentemente ainda estamos em uma fase inicial do processo, e os efeitos reais só poderão ser sentidos em médio ou longo prazo, mas já é um alento perceber que depois de muitos anos buscando soluções, felizmente surge uma esperança concreta de melhoria.
Por isso entendo que devemos aproveitar o êxito inicial para análises a respeito do que aconteceu.
É importante lembrar, por exemplo, que muito do sucesso deve-se não só a lei, mas a efetiva fiscalização que foi implementada em todo o país, e a grande cobertura da mídia a respeito.
Sabemos que o Brasil, nas próprias palavras de nosso presidente: "há leis que pegam e leis que não pegam". No meu modo de ver, o motivo desta lei "pegar" está fortemente associado aos fatores citados no parágrafo anterior, pois se os motoristas constatassem que não havia uma possibilidade real de penalização, simplesmente ignorariam a determinação legal.
Esta é, em minha opinião, a grande lição que fica, não basta a lei, é preciso haver fiscalização e punição quanto ao seu cumprimento. Uma ampla repercussão na mídia também é bastante positiva.
Este exemplo pode (e deve) guiar futuras ações no que diz respeito ao trânsito. Novos problemas precisarão ser atacados, como a situação precárias de nossas rodovias e a má formação de muitos condutores. A partir do que estamos presenciando, fica claro que não basta um decreto ou medida provisória para resolver a situação. A participação efetiva de todos os envolvidos, a cobrança, e até mesmo a punição para os que se mantiverem alheios a lei são armas poderosas na obtenção de melhorias concretas.
Espero que este seja o primeiro dos muitos passos necessários para deixarmos para trás a velha retórica vazia, iniciando a adoção de soluções concretas para nossos problemas.
A logística - e toda a sociedade - agradecem.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Logística na Semana [edição 1]

Seca...é a lei

segunda-feira, 2 de junho de 2008
Logística Internacional - a nova fronteira das empresas
As operações logísticas são caracterizadas por sua extrema complexidade e pela necessidade de adaptações constantes às mudanças ambientais ocasionadas por diversos fatores externos ao controle das organizações.
Se tal assertiva já seria suficiente para preocupar empresas com cadeias de abastecimento dependentes de atividades logísticas dentro de seu país, com o consolidado processo de globalização e o aumento significativo das relações internacionais, esta premissa torna-se válida também na operação de sistemas logísticos no âmbito dos mercados externos. Dessa forma, a logística traduz-se no novo grande desafio das empresas globais, como peça chave na sua engrenagem produtiva e comercial.
Apesar das atividades logísticas serem similares em todo o planeta, o fator “local” pode influenciar fortemente o desempenho operacional das empresas, pois alguns elementos especiais precisam ser considerados em situações que envolvam duas ou mais nações:
Primeiro, a maior burocracia presente em processos de importação e exportação pode se transformar na necessidade de lead-times mais longos, o que compromete não só o desempenho, mas também pode afetar prejudicialmente acordos comerciais em cadeias de abastecimento construídas com foco na agilidade da operação logística.
Segundo, as distâncias mais longas percorridas pelas mercadorias aumentam as possibilidades de danos ao produto, afinal, o tempo em trânsito é um momento crítico da logística. Nessa etapa os bens estão mais suscetíveis a avarias ou manuseios indevidos, e quanto mais tempo durar o momento entre a partida do produto e a sua chegada ao destino, maior o risco envolvido.
Terceiro, questões sócio-culturais modificam o comportamento das pessoas, dificultando o controle do processo logístico e aumentando a ocorrência de imprevistos ocasionados pelas diferentes formas de comprometimento com a cadeia de abastecimento dos envolvidos.
E finalmente, a infra-estrutura de cada nação afeta substancialmente a capacidade de obter-se o desempenho esperado, visto que deficiências estruturais podem resultar em atrasos ou até mesmo em impedimento para o cumprimento de prazos de entrega ou de outras condições baseadas em funções da logística. Um exemplo poderia ser a inexistência de condições para utilização dos modais de transporte adequados a um determinado produto, obrigando a empresa a adotar alternativas mais onerosas para cumprir seus compromissos, o que acarretaria na elevação dos custos logísticos totais.
Devemos lembrar ainda que há muito tempo a logística não constitui-se apenas em uma atividade movimentação de cargas, sendo que fatores de desempenho (como custos e prazos) e de obtenção de vantagem competitiva se tornaram determinantes para a evolução dos processos envolvidos, e diante da maior complexidade das cadeias logísticas internacionais, são justamente estes fatores os mais propícios a não obter o êxito esperado.
Por outro lado, construir cadeias de abastecimento internacionais pode ser o grande diferencial de uma organização, motivo pelo qual ela não pode abrir mão de considerar esta estratégia em seu planejamento.
Neste contexto, é indispensável para as empresas entenderem as implicações da internacionalização em sua cadeia logística, e trabalhar fortemente para minimizar os pontos negativos citados aqui, ao mesmo tempo em que devem buscar beneficiar-se das numerosas vantagens que podem ser conseguidas nos mercados externos.
terça-feira, 13 de maio de 2008
A Logística e o PAC

terça-feira, 22 de abril de 2008
Intermodal 2008: rápidas impressões

sexta-feira, 28 de março de 2008
Quem fez a lição de casa?
Diante desta constatação, a logística pode ser uma das armas para superar as adversidades naturais deste momento, pois recessão sugere consumidores retraídos e inseguros - principalmente nos mercados industriais, que reagem mais rapidamente ao contexto macroeconômico -, logo, estes consumidores irão condicionar seus negócios às ofertas que lhes forneçam um maior valor percebido. E dificilmente algum outro benefício poderá suplantar a eficiência logística na percepção dos consumidores.
Dispor de serviços logísticos eficientes e eficazes pode ser a chave para manter ou conquistar clientes. As incertezas do período deverão fazer com que as decisões de compra sejam postergadas o máximo possível, exigindo dos fornecedores uma resposta imediata às solicitações que receberem.
Então, somente quem dispor de uma estrutura logística já consolidada poderá se beneficiar desta conjuntura, pois desenvolver serviços logísticos confiáveis está longe de ser uma tarefa simples e barata, e obter recursos ou fontes de financiamentos para isto pode ser mais difícil neste momento. Logo, as empresas que não se prepararam deverão enfrentar problemas extras em competir com organizações já estruturadas logisticamente.
Além disso, mesmo com disponibilidade de divisas, montar e aperfeiçoar operações logísticas é um processo que requer planejamento, ação e avaliação. O tempo para que tudo esteja funcionando corretamente pode ser longo demais para empresas que atuam em mercados competitivos ou com concorrentes bem preparados.
Em um período de “vacas gordas” as deficiências são mascaradas pelo crescimento do mercado, onde, como conseqüência natural da lei da oferta e procura, surgem oportunidades para quase todos. E é justamente neste momento que devemos agir para aperfeiçoar os processos logísticos, pois quando nos deparamos com períodos negativos, como acontece agora, somente quem já estiver oferecendo algo a mais é que irá continuar prosperando.