terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Logística 2008 - O que esperar (Parte 2)


Continuando a análise do post anterior, a outra grande preocupação que surge neste início de ano é do que vou chamar de "logística urbana", que na minha concepção significa a capacidade de realizar o fluxo de pessoas e produtos dentro de uma cidade.

O noticiário destes primeiros dias está repleto de notícias sobre problemas com a circulação de motos, falhas no serviço de metrô, concentração excessiva de veículos nas vias urbanas, etc.

Claro que sempre há um dose de exagero (ou sensacionalismo) na forma como as manchetes são publicadas na imprensa, visando chamar a atenção do leitos. Sabemos também que (infelizmente) nenhuma destas situações é nova, visto que se tornaram recorrentes aqui em nosso país.

Todavia, a cada ano que passa a situação se torna mais dramática e a grande preocupação é que em determinado ponto atingiremos um limite real nas operações de "logística urbana", comprometendo todo o sistema logístico, pois precisamos lembrar que muitos do produtos transportados pelos modais aéreo, rodoviário, ferroviário e aquaviário tem como destino final algum lugar dentro de uma cidade. O problema é que cada vez se torna mais complexo, desgastante, demorado e caro alcançar este ponto final.

Ações que garantam a agilização da "logística urbana" são, no meu entendimento, prioridade para garantir a eficiência do sistema logístico.

Seria interessante, para aprofundar a discussão, que os visitantes deste blog ponderassem sobre este ponto de vista, e contribuissem com sugestões para melhoria do fluxo logístico urbano.

2 comentários:

Rogerio Barrionuevo disse...

Um outro ponto preocupante na logística urbana é a questão do aquecimento global. Alguns operadores logísticos na Europa estão testando carros elétricos para reduzir a emissão de gases. Em São Paulo, há um esforço (tímido por enquanto) para controle da fumaça preta. Mas não podemos esquecer que a frota de caminhões tem quase 20 anos de vida média!!!!

Douglas Heinz disse...

Muito bem lembrado. Esta questào está em evidência - dividindo as atenções do noticiário internacional com a crise americana -.
Os esforços da indústria automobilística na busca de tecnologias de combustíveis "limpos" demonstram claramente isto.
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Quanto à frota de caminhões, sabemos que o mercado está super-aquecido e as filas de espera chegam à 6 meses, mas o problema é que não há substituição dos veículos, pois os caminhões antigos continuam rodando até "depois do seu limite".
Assim, qualquer esforço para renovar a frota ou diminuir a emissão de poluentes fica minimizado.
Uma solução radical (e infelizmente logo só nos restarão alternativas radicais) seria limitar a vida útil dos caminhões (e veículos urbanos também), salvo sob rigoroso controle do seu estado de conservação (com revisões semestrais ou trimestrais, por exemplo).