terça-feira, 13 de maio de 2008

A Logística e o PAC

Para quem, como eu, tem 30 anos ou mais, até pouco tempo a expressão PAC não significava nada além das iniciais do famoso game PAC-MAN (aliás, que tem muitas relações com a logística - comentarei a respeito no futuro).
Todavia, o surgimento do Plano de Aceleração do Crescimento, que usa a mesma sigla, tornou estas três letras expoentes no âmbito das discussões sobre investimentos e infra-estrutura.
O PAC é um plano ousado, mas como todos os planos em nosso país ainda precisa provar que pode ser não apenas um esforço retórico com fins de promoção política, mas sim uma forma de permitir o avanço sócio econômico e o desenvolvimento da infra-estrutura brasileira, especialmente nos setores ligados à logística.
Devido a amplitude que ações como esta podem alcançar, é difícil fazer uma balanço detalhado a respeito, mas encontrei no site do Ministério dos Transportes uma notícia que pode descrever como estão sendo executadas as ações do PAC no âmbito da Logística.

Transportes Agora07/05/2008 - 18:11
Ministério dos Transportes debate na Câmara os investimentos para 2008 - cerca de R$10 bilhões
O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, compareceu nesta quarta-feira (07/05), à Câmara dos Deputados para debater sobre os planos e metas para o setor de transportes, e prestar contas dos investimentos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) relativo à sua pasta.
Os parlamentares elogiaram as ações do Ministério do Transportes, que a partir de 2004 teve um aumento significativo dos investimentos. A dotação orçamentária passou de R$ 2,3 bilhões, em 2004, para cerca de R$ 10 bilhões em 2007. Para este ano a expectativa é a mesma. Além disso, até 2010, o Programa de Aceleração do Crescimento, para o setor de transportes, prevê investimentos de R$ 52,6 bilhões.
A audiência pública se deu na Comissão de Viação e Transportes da Câmara, onde o ministro prestou conta das importantes obras que estão sendo executadas pelo governo federal e da situação de outros projetos que o Ministério dos Transportes está conduzindo.
Nascimento elencou algumas estratégias utilizadas pelo Ministério dos Transportes para resolver os problemas do setor. No modal rodoviário, citou o desenvolvimento de estudos e projetos, principalmente para contratos de manutenção de rodovias, em regime de gestão terceirizada, CREMA, que obriga a empresa que executa o projeto na rodovia, a fazer a manutenção do trecho por cinco anos.
O ministro lembrou aos parlamentares o Programa de Concessão de Rodovias Federais, que está em sua 3ª etapa e é outra estratégia adotada pelo governo federal. Já foram concedidos 2.600 km de rodovias federais. No leilão previsto para o segundo semestre deste ano, o governo federal irá conceder à iniciativa privada cerca de 4.060 km de estradas federais. A próxima rodada engloba as BR-116 e BR-324 na Bahia, cujo leilão está previsto para o 2º semestre deste ano.
Sobre o setor ferroviário, o ministro citou, entre outros projetos, a subconcessão da ferrovia Norte-Sul para a Companhia Vale, que arrematou o trecho de 720 quilômetros entre Açailândia-Palmas (TO). Além dessa parceria com a Vale, outra obra ferroviária de grande importância para a integração dos estados da Região Nordeste é a Ferrovia leste-Oeste, de Ilhéus (BA) a Alvorada (TO), que vai fazer a interligação com a Ferrovia Norte-Sul, cujos estudos estão em andamento.
Em sua explanação, Nascimento afirmou que os trabalhos que vêm sendo executados pelo Ministério dos Transportes buscam aumentar a eficiência produtiva do país em áreas consolidadas, induzir ao desenvolvimento nas áreas de expansão da fronteira agrícola e mineral. Entre os objetivos do Ministério dos Transportes, está a redução das desigualdades sociais,a integração dos modais, reduzindo o custo dos transportes, a integração da região com os países vizinhos, e o desenvolvimento sustentável.
Sobre o Trem de Alta Velocidade, que ligará Rio, São Paulo e Campinas, o ministro afirmou que o governo contratou uma consultoria internacional, por meio do BNDES, via Banco Mundial, para analisar os projetos possíveis. "Só a partir daí é que se pode fazer afirmações mais precisas sobre esse assunto". O ministro espera que a licitação do trem-bala ocorra no primeiro trimestre do ano que vem. Nascimento disse que empresas estrangeiras, com experiência nessa área, demonstram muito interesse nesse projeto. "Mas o mais importante, é a transferência de tecnologia", disse ele.

Após um período de "recesso" o blog voltará a ser atualizado freqüentemente. Não deixe de acompanhar. E de comentar.

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